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Wednesday, May 22, 2013

ESPERANÇA - Hamilton Alves




É noite
entra no bar
e dança
e tudo em volta
balança
e logo mais à saída
pede fiança
e não faz isso
sem certa desconfiança
olhando incerto
para uma mulher
de trança
e, em seguida,
depara-se com uma
pança
de um amigo
de nome Sancho
entregue a toda
comilança
e tem início
sem tardança
pelo que nota
a pajelança
e a rua tem o sonoro
nome de Bragança
enquanto isso
no quarto ao lado
é toda uma negrança
e a língua que se fala
ninguém destrança
os presentes ébrios
não têm temperança
a horas mortas
soa uma romança
de um poeta que
se diz de França
e, ao fim, nada lhe
acena com esperança.

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