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Wednesday, October 19, 2016

DANÇA MACABRA - Hamilton Alves




Há um desatino de cores
À luz da madrugada

O bêbado dança um bailado
Macabro à rua sombria

Prostitutas aguardam à esquina
Uma noite de amor vendido

Tremeluzem faiscantes
Janelas de casarios velhos

O céu é deserto de estrelas
E o vento pressago canta

Nas ruelas estreitas
A cantiga de sempre

A morte se esconde
Na palpitação da vida.



(poema de Hamilton Alves escrito em dezembro de 2006 sob o pseudônimo de Otto Nul).

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