pouca coisa agora
resta para dizer
da folia da noite,
das trevas que o delírio
trouxe rápido à tona
e então emudecemos;
nada, porém, foi inútil,
algo sobreviveu à ira,
lampejos de fogo
descobri na máscara
que era o reflexo
da dor ou da decepção;
julguei que tudo fosse
baldado mas ainda
sobraram esperanças
sobre a reconciliação,
o impossível amor,
a infinita tristeza.
(poema de Hamilton Alves escrito em agosto de 2006 sob o
pseudônimo de Max Hohl).
Obs.: esse poema foi publicado na revista “continente”, de recife,
pe, de janeiro/07, com dois outros, “nem dei pela noite” e “nada, nada!”.
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