Total Pageviews

Monday, October 24, 2016

DELÍRIO – Hamilton Alves



pouca coisa agora
resta para dizer
da folia da noite,

das trevas que o delírio
trouxe rápido à tona
e então emudecemos;

nada, porém, foi inútil,
algo sobreviveu à ira,
lampejos de fogo

descobri na máscara
que era o reflexo
da dor ou da decepção;

julguei que tudo fosse
baldado mas ainda
sobraram esperanças

sobre a reconciliação,
o impossível amor,
a infinita tristeza.





(poema de Hamilton Alves escrito em agosto de 2006 sob o pseudônimo de Max Hohl).


Obs.: esse poema foi publicado na revista “continente”, de recife, pe, de janeiro/07, com dois outros, “nem dei pela noite” e “nada, nada!”.

No comments:

Post a Comment