No
diminuto reduto
o Nada
ergueu sua voz:
"Sou
o nada,
sou o
nada";
Deparando
com outros
objetos,
de cada um
deles
parecia ouvir
a mesma
lenga-lenga:
"Sou
o nada,
sou o
nada";
Resolvi
olhar lá fora
a
paisagem e a chuva
que
caía e o estribilho
reproduzia-se:
"Sou
o nada,
sou o
nada;
Até
que, por último,
uma
mosca perdida
invadiu
o recinto,
proferindo
as palavras:
"eu
existo".
Foi
então que
sem
outra saída
o Nada
bateu
em
retirada.
XXX
agosto/02
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