andrajo
sob as estrelas
da
noite
no
vácuo de si mesmo
absurda
criatura
que
percebe na esquina
a
impossibilidade da rua
ou
de um destino
seja
qual for
numa
visão quimérica
sem
paliativos
ou
sem alternativa
ou
sem sentido
vazia
toda a esperança
a
completude das coisas
míngua
com a última estrela
a
se apagar
no
anúncio do dia
que
desponta com a aurora.
(poema
publicado no livro “O cão noturno” – Bernúncia Editora/2010).
No comments:
Post a Comment