Quisera
compor um poema
Simples,
tão simples
Que
fosse como arrulhos
De
pássaros numa árvore
Que
não falasse de nada
Que
fosse incorpóreo
Invisível
e etéreo
Como
o ar ou a brisa
Ao
qual fosse possível
Recorrer
nas horas tristes
Que
fosse como o pão
Que
matasse a fome
Que
fosse como a água
Corrente
de um rio
À
qual todos acudissem
Para
se saciar
Que
fosse como um céu
Sem
nuvens
Que
todos pudessem
Acolher
o calor do sol
Que
fosse um segredo
De
amor ou felicidade
Que
todos pudessem
Alguma
vez descobrir
(poema
publicado no livro “O cão noturno” – Bernúncia Editora/2010).
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