não,
borboleta, não!
morrer
desse jeito,
não
vai ficar assim,
de
coração te prometo;
vou
fazer qualquer coisa,
salvar-te
de morte banal,
embora
toda morte
seja
assim crucial;
mas
prosaicamente,
atirada
ao lixo,
sem
dúvida é demais,
sequer
um lugar fixo;
que
grande formosura
vê-se
em tuas asas,
em
toda a tua estrutura,
e
morrer assim ao léu;
de
repente, te colhem
como
fosses um nada,
te
levam de arrastão
com
a sorte selada;
sim,
prometo poupar-te
de
inglória corrupção,
com
a força de meu esto
perecer
brutalmente, não!
(poema
publicado no livro “O cão noturno” – Bernúncia Editora/2010).
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