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Tuesday, September 10, 2013

DEVANEIO – Hamilton Alves


cai na taça
a última lágrima
de meu devaneio

teus olhos bruxuleiam
meio fantasmagóricos
nas trevas da noite

percorre o ar
o frêmito de uma aura
pressaga como um sonho

não há lucidez
na dor menos
na tristeza

as horas esmagam
o que ainda supões
ser o dom da alma

e agora? – pergunto
às paredes deste
catre silencioso.


(poema publicado no livro “Canto do Vento” – Bernúncia Editora/2005).

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