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Wednesday, September 11, 2013

HOMENZINHO NA MADRUGADA – Hamilton Alves


Não há nada
mais ínfimo
nem mais precário
que um homem
atravessando as ruas
de uma cidade
no fim de uma
madrugada.

De onde vem
para onde vai?

Nem esta pergunta
lhe concerne
para quem o olhe
no percurso labiríntico
da urbe.

Até para quem
o observa atentamente
há de ocorrer
que, na verdade,
nem vem nem vai.

Mais preciso será dizer
que traz dentro
de si mesmo
um percurso inevitável
e intrínseco.

Uma espécie de círculo
de giz que, às tontas,
ou não, reconhece
ser seu destino.

Poema publicado no livro “Homenzinho na Madrugada” – Bernúncia Editora/2007).


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